Dependência Afetiva

DEPENDÊNCIA AFETIVA NAS RELAÇÕES

Todo ser humano nasce propenso a ter este sentimento inato chamado amor, mas o que ocorre com nosso corpo e nossa psique quando esse amor passa a causar, dor, tristeza, angustia e até mesmo doenças física?

Ahhh o amor… Pode ser platônico, pode ser a primeira vista, pode ser fraternal, pode ser real, esse sentimento tão falado por todos esconde muitas vezes uma grande doença. Muito embora, o início dos relacionamentos afetivos sejam permeados por sedução, planos e desejos em comum, com o passar do tempo a relação pode sofrer alguns desgastes.

E quando esse amor, passa a deixar de ser prazeroso e começa a causar muita dor para qualquer uma das partes, é preciso repensar e olhar com mais cuidado, talvez essa relação possa estar doente. É comum ouvirmos falar de pessoas dependentes de álcool, drogas, comida, jogos, mas talvez a dependência afetiva, não seja um assunto tão comum, contudo é mais comum do que se pensa. Mas antes de aprofundarmos sobre a dependência afetiva, é preciso entender um pouco sobre o amor obsessivo, e neste caso me refiro a uma maneira especifica de se relacionar amorosamente.

Trago o tema obsessão por que ele tem uma relação muito próxima com a dependência, de modo que para algumas pessoas pensar na possibilidade de depender de alguém é algo aterrorizante, em contrapartida existem outras pessoas que se arrepiam somente em pensar na possibilidade de dependerem de sim mesmas. Essas pessoas confundem a individualidade com a solidão, abandono com rejeição. Em ambos os casos, o medo encontra-se na individualidade. Os primeiros tem medo de perde-la, o segundo caso tem medo de ganhá-la. De qualquer forma a sensação que se tem é de que em ambos os casos é que a autonomia está fora de si.

A dependência afetiva psicológica ocorre de maneira geral inconscientemente, e esconde gratificações secundárias, pois ela tem a falsa impressão de que o relacionamento está seguro. É como se o outro fosse responsável até mesmo pela manutenção da sua vida, do ar que respira, e é exatamente por isso, que o dependente ainda que preso em uma relação totalmente destrutiva, não consegue se libertar.

Tendo isto, é possível entender que na relação a dois, quando acontece, a dependência pode se tornar altamente destrutiva, doentia e até mesmo simbiótica. Com isso, a pessoa dependente, torna-se triste, depressiva, até chegar ao ponto de não suportar mais e explodir, ou implodir, e nesta segunda opção ocorre a somatização e consequentemente as doenças no corpo físico.

Claro que isso tudo não ocorre ao acaso, dentro da psicologia entendemos que tudo que vivemos, experienciamos, ouvimos, vemos ou sentimos de alguma maneira está registrado em nossos corpos e em nossas mentes consciente e inconsciente, por isso, para essa situação e tantas outras que enfrentamos em nosso dia-a-dia, é preciso coragem e determinação, parecem coisas muito simples, mas dependendo de como o indivíduo se encontra pode ser algo quase impossível, o auxilio profissional e terapias alternativas, que trabalhem nosso formação de caráter, nossa energia, nossa criança e nosso eu interior, são mais do que bem vindas.

AUTORA: VANESSA LEANDRA VENTURIN